Três jogadores chamaram atenção por motivos indesejados em Las Vegas. Damien LeForbes, Ryan Boyajian e Matt Bowyer perderam coletivamente quase US$ 24 milhões no Resorts World Las Vegas, uma quantia impressionante que levantou suspeitas e desencadeou investigações.

LeForbes, que supostamente perdeu cerca de US$ 12,3 milhões durante quase 50 visitas ao Resorts World, também teria apresentado um cheque sem fundos de US$ 2,5 milhões ao cassino. Boyajian, conhecido por suas aparições no programa de TV “Real Housewives of Orange County”, perdeu aproximadamente US$ 3,7 milhões em 21 visitas. Bowyer, um apostador profissional sediado na Califórnia, teria perdido US$ 7,9 milhões entre 2022 e 2023 durante suas 32 visitas.

Apesar de suas perdas significativas, nenhum dos três foi acusado de qualquer crime. No entanto, suas ações chamaram a atenção para questões mais amplas de jogo, lavagem de dinheiro e possíveis atividades ilícitas nos cassinos de Las Vegas.

As perdas de Bowyer são notáveis, especialmente por sua suposta ligação com um roubo relacionado ao renomado jogador dos Los Angeles Dodgers, Shohei Ohtani. Ippei Mizuhara, ex-tradutor de Ohtani, é acusado de roubar quase US$ 17 milhões da conta bancária de Ohtani. Parte do dinheiro roubado teria sido transferida para Bowyer por meio de Mizuhara e eventualmente depositada em uma conta no Resorts World.

Jogo deu errado, possíveis armadilhas

O dinheiro foi então convertido em fichas de jogo e, após ser sacado, foi supostamente entregue a Bowyer ou seu associado. Mizuhara, que está fortemente endividado devido a perdas em jogos de azar e tem dívidas totais estimadas em US$ 40,7 milhões, foi demitido pelos Dodgers após o roubo ser revelado. Ele desde então concordou com um acordo judicial em resposta às acusações de fraude e pode enfrentar até 33 anos de prisão se condenado. O Resorts World Las Vegas não foi acusado de nenhuma violação em relação a esses incidentes. No entanto, o cassino, juntamente com vários outros em Las Vegas, está sob investigação pelo Conselho de Controle de Jogos de Nevada (NGCB) e por investigadores federais por possível lavagem de dinheiro e outras atividades ilícitas. O caso também destaca o ex-presidente do Resorts World Las Vegas, Scott Sibella, que foi alvo de uma queixa do NGCB por atividades ocorridas durante seu mandato como presidente do MGM Grand. Sibella foi acusado de permitir que apostadores ilegais jogassem no MGM Grand sem questionar a origem de seus fundos. Ele foi demitido pelo Resorts World em setembro por violar a política da empresa, declarou-se culpado em janeiro de violar a Lei de Sigilo Bancário e recentemente foi sentenciado a um ano de liberdade condicional e deve pagar uma multa de US$ 9.500, além de uma taxa especial de US$ 100. À medida que as investigações continuam, o foco permanece firmemente no Resorts World Las Vegas e nos indivíduos de alto perfil envolvidos nessa saga intrigante.