Sites de apostas dominaram a lista de bloqueios realizados pela Comissão de Comunicações e Multimídia da Malásia (MCMC) de janeiro de 2022 a agosto de 2023. De acordo com relatórios locais, nesse período, a MCMC bloqueou 10.423 sites por diversas violações legais, sendo 4.484 deles relacionados a jogos de azar on-line. Outras categorias significativas incluíram 3.271 sites bloqueados por pornografia e 1.654 por violação de direitos autorais. Além disso, 316 sites foram removidos por envolvimento em golpes ou investimentos on-line ilegais, e 249 por conteúdo relacionado à prostituição. As razões para o bloqueio dos 449 sites restantes não foram divulgadas pela MCMC.

Declínio nos bloqueios de sites prejudiciais

O relatório recente da MCMC destacou uma tendência de queda no número de sites prejudiciais bloqueados nos últimos cinco anos. O número mais alto foi registrado em 2021, com 6.571 sites bloqueados. Esse número caiu para 4.572 em 2022, 3.724 em 2023 e 2.127 entre janeiro e agosto de 2023. A MCMC afirmou que essas ações estão alinhadas com a Lei de Comunicações e Multimídia de 1998, além de outras leis aplicadas pelas autoridades locais, incluindo a polícia e a Comissão de Valores Mobiliários.

Esforços colaborativos para aprimorar a segurança on-line

Além das violações legais diretas, a MCMC enfatizou que o bloqueio desses sites faz parte de esforços mais amplos para combater crimes como tráfico humano, aliciamento de menores e venda de substâncias ilegais. Para garantir a continuidade da eficácia desses bloqueios diante da evolução tecnológica, a MCMC está comprometida em trabalhar de perto com os provedores de serviços locais. Essa colaboração inclui aprimorar medidas preventivas e melhorar a gestão do sistema de nomes de domínio, garantindo um ambiente on-line mais seguro para todos os usuários. Apesar desses esforços, desenvolvimentos recentes apresentaram desafios para os usuários de internet tentando contornar as restrições da MCMC. O Projeto Sinar relatou que as empresas de telecomunicações implementaram uma abordagem de “proxy DNS transparente”. Essa medida impede que os usuários acessem sites bloqueados usando servidores DNS alternativos, como os do Google ou Cloudflare. Em vez disso, as solicitações dos usuários são automaticamente redirecionadas para os servidores DNS do provedor de serviços local, reforçando efetivamente os bloqueios impostos pela MCMC.

Os esforços extensivos da MCMC para bloquear sites ilegais e prejudiciais sublinham o compromisso do governo malaio com a segurança on-line. À medida que a tecnologia avança, a Comissão continua a adaptar suas estratégias, garantindo que a paisagem digital permaneça segura para todos os usuários.