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Bloqueio judicial de R$ 21,4 milhões do Corinthians após rompimento de contrato com a Pixbet

Júlia Moura October 3, 2024
Bloqueio judicial de R$ 21,4 milhões do Corinthians após rompimento de contrato com a Pixbet

A Justiça de São Paulo tomou a decisão de bloquear R$ 21,4 milhões das contas do Sport Club Corinthians Paulista. O motivo do bloqueio é o não cumprimento de um acordo financeiro estabelecido entre o clube e a ex-patrocinadora Pixbet, que patrocinava o time até o final de 2023. A situação se agravou com a recente troca de patrocinador, quando o Corinthians firmou um novo contrato com a VaideBet. 

Para entender a dinâmica desse embate, é preciso considerar o histórico recente do Corinthians com a Pixbet. O clube recebeu R$ 30 milhões em luvas referentes ao contrato de três anos assinado em dezembro de 2022, que garantia à empresa exclusividade em seu espaço publicitário no setor de apostas. No entanto, a situação se complicou quando a Pixbet fez uma proposta de R$ 75 milhões anuais para migrar seu patrocínio para a posição de “patrocinador máster”. 

Nesse cenário, ocorreram mudanças significativas na administração do clube. A transição de Duilio Monteiro Alves para Augusto Melo, que assumiu a presidência em 2 de janeiro, trouxe novas diretrizes e estratégias de patrocínio. Melo optou por encerrar as conversas com a Pixbet e anunciou, em 7 de janeiro, um acordo com a VaideBet, que se comprometeu a investir R$ 120 milhões anuais por três anos, além de R$ 10 milhões em luvas.  Em fevereiro deste ano, o Corinthians e a Pixbet chegaram a um entendimento sobre uma dívida que superava os R$ 40 milhões. Esse montante incluía R$ 20 milhões referentes à multa rescisória do contrato e outros R$ 20 milhões a título de devolução das luvas que haviam sido pagas ao clube anteriormente. O acordo previu que o Corinthians quitasse o total de forma parcelada até o início de 2025, com pagamentos programados que incluíam uma primeira parcela de R$ 6 milhões em fevereiro, seguida por 11 parcelas de R$ 3,1 milhões cada. 

A situação se complicou quando o clube deixou de cumprir o pagamento a partir da sétima parcela. Segundo Nelson Wilians, advogado da Pixbet, “o Corinthians deixou de pagar, o que levou à retomada da execução para cobrar as parcelas em aberto, além de multas e honorários advocatícios”. Ele ainda destacou que a ação judicial tem como objetivo garantir que os direitos da Pixbet sejam respeitados conforme estipulado no contrato. 

Apesar de ter declarado que a VaideBet arcaria com a multa rescisória de R$ 20 milhões devida à Pixbet, essa afirmação foi contestada. Alega-se que a responsabilidade pelo pagamento recai sobre o Corinthians, que também deve devolver o valor proporcional das luvas, avaliado em outros R$ 20 milhões. Assim, o clube tem acumulado uma despesa de aproximadamente R$ 40 milhões, logo antes do anúncio da nova parceria. 

A situação força o Corinthians a lidar com a pressão judicial e as obrigações financeiras pendentes, ao mesmo tempo em que tenta estabilizar suas finanças e sua imagem no cenário do futebol que têm sido prejudicados por sua má fase nos campos e outras polêmicas que surgiram com sua antiga patrocinadora enquanto o contrato ainda era vigente. 

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