Um estudo nacional conduzido pelo governo finlandês produziu recomendações para que o  sistema atual, que monopoliza as operações de jogo, seja alterado ou reavaliado.

O estudo concentrou-se na comparação internacional com as contrapartes internacionais do sistema que permanece em vigor para supervisionar de forma holística operações de jogo em todo o país nórdico. Descrição de duas possíveis alternativas que poderiam ser aplicadas em seu lugar:

A primeira seria basear um novo pedido no modelo norueguês, para conceder às autoridades reguladoras uma parcela significativamente maior de poder para impedir que os consumidores acessem jogos de azar não licenciados do exterior. Os métodos atualmente usados pelos escandinavos incluem bloqueio de pedidos, proibição de publicidade e uma infinidade de opções de interrupção do processamento de pagamentos. A segunda opção apontada pelo estudo sugeria o estabelecimento de um modelo de licenciamento, muito parecido com o que atualmente vigora para muitos dos vizinhos da Finlândia, proporcionando maior diversificação e competição no mercado, além de melhorar o fluxo de tráfego para ofertas legais à custa de ilícitos. Os participantes do estudo detectaram possíveis perigos de um sistema como este:

“O aumento da concorrência após a introdução do sistema de licenças pode, em princípio, aumentar o consumo total de jogos de azar e, portanto, também as desvantagens dos jogos de azar.”

Apesar de tais riscos, o estudo divagou mais uma vez afirmando que, de acordo com a literatura de pesquisa respeitada, os sistemas de monopólio e aqueles que são licenciados mostram pouca diferença em termos de efeitos negativos prevalentes ou mesmo quantidade total de atividades individuais, enquanto os sistemas de licença permanecem em um estado propício para fornecer os mesmos benefícios universais. O monopólio controlado pelo estado na Finlândia é uma entidade particular na medida em que consegue fornecer benefícios significativos. A Lei das Loterias Finlandesa, reguladora das operações físicas e on-line, administra o setor exclusivamente em favor da Veikkaus Oy. Eles são responsáveis por supervisionar todas as apostas esportivas, jogos de ganho instantâneo e loterias nacionais. Esta não é uma tarefa fácil, considerando que a Finlândia tem um dos 10 maiores gastos per capita em atividades de jogo em comparação com o resto do mundo. Veikkaus, como resultado, é responsável por milhares de empregos finlandeses. Sendo estatal, as receitas da Veikkus são usadas para financiar os serviços sociais na Finlândia, apoiando inúmeros projetos, como eventos esportivos e culturais, programas de desenvolvimento juvenil, saúde e bem-estar social, entre muitos outros. O que também é uma revelação maravilhosa é que todo e qualquer ganho é completamente isento de impostos. Os métodos de pagamento também estão surpreendentemente atualizados, com uma mudança medida e gradual varrendo os serviços on-line para receber e dar pagamentos em criptomoedas ou moedas digitais.

As sugestões não são contra a multiplicidade de benefícios oferecidos, mas sobre as inúmeras operações ilegais realizadas através da fronteira em direção à população finlandesa.  O jogo on-line experimentou um rápido aumento, ao mesmo passo que o comportamento do consumidor oscila em direção ao jogo on-line de natureza legal e ilegal. Apenas 5 – 6% da população realmente se dedica ao jogo ilegal, no entanto, o significado disso pode ser visto em termos financeiros, custando ao estado 50% do mercado total, na ordem de € 500 a € 550 por ano.

As questões levantadas pelo estudo são certamente significativas e pequenas alterações já foram feitas a Lei Finlandesa de Loterias, no entanto, dentro da estrutura do sistema único. No entanto, há a sensação de que o governo finlandês está justamente preocupado em mitigar quaisquer obstáculos aos atuais benefícios oferecidos pelo monopólio.

Ainda assim, as sugestões propostas têm, sem dúvida, o potencial de resultar em alguma ação benéfica, possivelmente diminuindo o índice de jogos ilícitos e talvez até mesmo conseguindo fomentar os primórdios de um mercado justo e competitivo.

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