Em mais uma iniciativa para proteger clientes vulneráveis, a Comissão de Jogos do Reino Unido confirmou uma série de medidas que imporão verificações adicionais aos jogadores on-line que perdem £ 500 ou mais por mês, a partir de agosto.

O limite para essas verificações adicionais será reduzido para £ 150 de perdas em apostas on-line por mês a partir de 28 de fevereiro do ano seguinte. Além disso, certas funcionalidades de cassinos on-line e plataformas de pôquer que dão aos jogadores uma ilusão de controle, incluindo “turbo” e “paradas rápidas”, serão proibidas a partir de 17 de janeiro. Essa proibição também se estende ao autoplay e a sons e visuais que celebram retornos iguais ou menores que a aposta. Essas medidas seguem a publicação de um livro branco do governo sobre reforma do jogo no ano passado, que propôs uma taxa obrigatória para financiar tratamento de vício, educação e pesquisa, além de verificações de acessibilidade e novos limites para máquinas caça-níqueis on-line.

Impacto nos Jogadores

A partir de agosto, os operadores usarão dados publicamente disponíveis para identificar clientes que possam estar financeiramente vulneráveis, incluindo aqueles sujeitos a ordens de falência ou com histórico de dívidas não pagas. As empresas de jogos de azar poderiam incentivar os clientes considerados em risco de danos a definir um limite de depósito, ou em casos mais extremos, limitar o valor que o cliente gasta ou fechar sua conta completamente.

O regulador também anunciou um piloto de avaliações financeiras para clientes em risco de perder grandes quantias em pouco tempo. O objetivo é reduzir casos de perda financeira rápida.

Charles Ritchie e sua esposa (na foto acima), os cofundadores do Gambling with Lives, uma instituição de caridade que apoia famílias enlutadas pelo suicídio relacionado ao jogo e faz campanhas por mudanças, afirmaram que a intervenção precisa ser precoce e eficaz. Carolyn Harris, uma deputada trabalhista que preside o grupo parlamentar multipartidário sobre danos relacionados ao jogo, afirmou que as propostas são um passo na direção certa, mas que ações mais firmes são necessárias em relação ao patrocínio e marketing de jogos de azar.

Andrew Rhodes, o diretor-executivo da Comissão de Jogos, afirmou que as regras estão sendo introduzidas após um processo de consulta com clientes e outras partes interessadas. Ele enfatizou a necessidade de equilibrar a proteção das pessoas dos potencialmente arruinadores efeitos do dano relacionado ao jogo e respeitar a liberdade dos adultos de se envolverem em uma atividade que a vasta maioria faz sem experimentar danos.