Os operadores online não licenciados no Chile estão pressionando por uma “modernização” da , o regulador nacional de jogos. Essa demanda surge em meio a uma intensa batalha legal para legalizar os jogos online, uma área onde a SCJ mantém uma posição firme de que todas as operações online não licenciadas são ilegais. Essa postura está sendo contestada publicamente pelos representantes legais de grandes marcas de apostas offshore.  Carlos Baeza, o advogado que representa esses operadores, insiste que suas atividades não são ilegais. Em entrevista, Baeza argumentou que a estrutura institucional do SCJ é “antiquada” e está fortemente relacionada às privatizações das indústrias estatais ocorridas no início dos anos 1980. Ele sugere que a SCJ incorporou preconceitos políticos e cita como exemplo de modernização a transformação da Superintendência de Bancos e Instituições Financeiras (SBIF) na Comissão para o Mercado Financeiro (CMF).  Nos últimos dois anos, o SCJ e outras entidades do Chile adotaram diversas medidas contra operadores online, incluindo uma decisão significativa do Supremo Tribunal em setembro passado. Esta decisão ordenou que um importante fornecedor de serviços de Internet encerrasse 23 sites de apostas no país, marcando a primeira vez que operadores do mercado paralelo foram especificamente rotulados como ilegais por um tribunal superior.  Em 2019, a CMF, um serviço público descentralizado, assumiu as responsabilidades do antigo regulador de seguros e valores mobiliários e do antigo regulador bancário, consolidando a supervisão dos mercados financeiros sob uma única entidade. Baeza acredita que uma reforma similar poderia ser aplicada à fiscalização dos jogos, incorporando essa mudança no projeto de lei que visa regulamentar as apostas e jogos esportivos online. Este projeto está atualmente em análise no Senado do Chile, após ser aprovado pela Câmara dos Deputados no final do ano passado.  Baeza revelou que sua estratégia envolve enviar um memorando com uma análise comparativa de diferentes jurisdições. Ele destacou que a próxima etapa é apresentar suas propostas na comissão de finanças do Senado. “As indicações para reformar o regulador só podem ser feitas pelos parlamentares, e incluiremos isso em nossa agenda de reuniões de lobby”, afirmou Baeza.  O projeto de lei de jogos de azar online está atualmente no comitê de finanças do Senado, mas sua discussão pode levar várias semanas ou até meses devido à agenda lotada. Na sua forma atual, o projeto inclui um período de reflexão de 12 meses para que os operadores do mercado cinzento possam solicitar uma licença, além de estabelecer uma taxa de imposto efetiva de cerca de 38%, incluindo um imposto específico sobre jogos e o IVA.

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