A Comissão Presidencial Anti-Crime Organizado das Filipinas (PAOCC) rejeitou a possibilidade de tornar a prefeita de Bamban, Tarlac, Alice Guo, uma testemunha do estado. De acordo com o relatório da agência de mídia estatal Philippine News, Winston Casio, porta-voz da PAOCC, declarou que essa possibilidade seria considerada apenas se Guo pudesse incriminar alguém mais culpado do que ela própria. Casio acredita que Guo não é a menos culpada entre os suspeitos na investigação de tráfico humano, descrevendo-a como a pessoa de mais alto escalão envolvida.

Guo está implicada em atividades ilegais de Operadores de Jogos Offshore das Filipinas (POGOs). No mês passado, a PAOCC e o Grupo de Investigação e Detecção Criminal da Polícia Nacional das Filipinas apresentaram acusações de tráfico humano contra ela e outros após uma operação em um centro de POGO em Bamban, uma cidade na região central de Luzon. Guo permanece nas Filipinas, e a PAOCC também está investigando possíveis vazamentos de informações da operação.

Posição de Guo e evidências

Casio explicou que, para alguém ser testemunha do estado, deve ser o menos culpado na conspiração do crime. Se evidências futuras sugerirem que ela é a menos culpada, seu papel como testemunha do estado poderá ser reconsiderado. Casio esclareceu que qualquer recomendação sobre o status de Guo será avaliada pelos procuradores, não pela PAOCC. Os escritórios de advocacia David & Jamilla, que representam Guo, esclareceram que não representam outras pessoas acusadas de operações ilegais de POGO. A senadora Risa Hontiveros, defensora da proibição de POGOs, está na vanguarda da investigação do Senado sobre o centro de POGO invadido. Documentos sugerem o envolvimento direto de Guo em operações de POGO e possíveis conexões com um sindicato criminoso liderado por chineses.

Cidadania e representação legal

A cidadania de Guo está sob escrutínio devido a inconsistências em suas declarações e documentos questionáveis sobre sua cidadania filipina. Apesar desses problemas, ela nega qualquer envolvimento em atividades ilegais de POGO e afirma sua cidadania filipina.

Ex-funcionário do governo fez lobby para POGOs ilegais

Na semana passada, a Corporação Filipina de Entretenimento e Jogos (PAGCOR) revelou que um ex-alto funcionário do governo tentou obter licenças de jogos para POGOs ilegais que foram recentemente invadidos. O presidente e CEO da PAGCOR, Alejandro Tengco, afirmou que o envolvimento do oficial será revelado em um fórum apropriado.

Em junho, Tengco também enfatizou que a verdadeira ameaça são os sindicatos de hacking e scam de estrangeiros que operam clandestinamente, e não os operadores legítimos de jogos offshore. Ele destacou que os Licenciados de Jogos na Internet (IGLs) contribuem significativamente para as receitas do governo.

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