O fechamento dos POGOs deve ter um impacto massivo no setor imobiliário, uma vez que a indústria era um grande inquilino de espaços comerciais, de acordo com a Reuters.

A PAGCOR trabalhará em estreita colaboração com as autoridades policiais para impedir que os POGOs operem ilegalmente e para abordar preocupações sobre tráfico de pessoas e outros crimes associados à indústria.

O governo das Filipinas está prestes a eliminar completamente a indústria de jogos offshore, com foco nos operadores de propriedade chinesa, de acordo com uma declaração da Corporação Filipina de Entretenimento e Jogos (PAGCOR) na terça-feira.

O presidente Ferdinand Marcos Jr. ordenou que o regulador feche os Operadores de Jogos Offshore das Filipinas (POGOs) até o final do ano, em meio a preocupações sobre suas alegadas conexões com atividades criminosas. “Não há problema em fechar os POGOs porque posso invocar a segurança nacional e a ordem do presidente,” afirmou o presidente da PAGCOR, Alejandro Tengco, à Reuters.

A indústria, que teve um grande crescimento em 2016 devido a regulamentações brandas, tem enfrentado crescente escrutínio recentemente. Havia 300 operadores de POGO em seu auge, mas regras fiscais mais rígidas e a pandemia de COVID-19 forçaram muitos a fechar ou se mudar. De acordo com o presidente Tengco, há apenas 43 POGOs licenciados nas Filipinas, empregando aproximadamente 63.000 trabalhadores.

Outros prós e contras

Embora o governo esteja prestes a perder cerca de PHP 23 bilhões (aproximadamente € 362 milhões) anuais em impostos e taxas da indústria, o Secretário de Planejamento Econômico, Arsenio Balisacan, argumentou que os benefícios de uma proibição superam os custos. A China, que tem se manifestado contra o jogo transfronteiriço, é vista como uma potencial beneficiária da repressão. Alguns analistas acreditam que a medida pode ajudar a aliviar as tensões entre os dois países sobre o disputado Mar do Sul da China. “Essa medida pode levar a uma melhoria nas relações entre as Filipinas e a China,” disse Renato Cruz De Castro, analista de assuntos internacionais da Universidade De La Salle.

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